28 maio 2013

Camila Alli Chair e os Dinossauros


"Quando fiz o primeiro post sobre a Camila Alli, pensei que teria que ter uma continuação…
Era impossível não ter uma continuação!!!! Meu blog bombou de visitas com a busca “Camila Alli Chair” e a ” Escola da Insanidade” …
Então, aqui estou eu de volta pra mostrar mais um pouco sobre o seu trabalho e dessa vez, vou falar um pouco mais sobre ela, a artista por trás dos dinossauros!!! Camila!!
Camila e a iguana
Camila foi diagnosticada com sindrome de asperger aos 12 anos. É apaixonada por dinossauros e desenha desde os 4 anos. A partir dos 6 anos Camila começou a desenhar répteis e dinossauros e tb estilo cartoon .. ela se lembra de ter feito váários esboços de Godzillas e do T-Rex do Jurassic Park  … mas só aos 14 anos começou a fazer desenhos científicos ( conhecidos como Paleoarte ) , mais realistas e detalhados.
Tyrannosaurus
A perfeição dos desenhos da Camila impressionam. O tempo e dedicação por parte dela também.
Camila tem um dom especial de humanizar dinossauros. Faz versões de filmes, personagens, situações… tudo em forma de dinossauros, e cada um com seus detalhes cuidadosamente reais.
Se ela fosse um dinossauro seria um poderoso Deinonychus, com garras em forma de foices capazes de dilacerar qualquer vítima!
Deinonychus
Eu me divirto olhando seus álbuns… a arte de transformar momentos marcantes em versões dino! Olha esse desenho, que incrível!
Anakin Skywalker
Pra mim, o mais divertido, sem dúvida, é  ” O Exorcista ” em sua clássica cena do vômito verde!!! ECAA!!Tragam a água benta!!!! hahaha
O Exorcista Dino
Como o trabalho da Camila é bem detalhado e com uma força de expressão muito grande, pedi a ela que fizéssemos uma entrevista, assim ela poderia explicar um pouco sobre seus desenhos e sobre ela, a artista por trás dos dinossauros !!
Entrevistando Camila Alli Chair =)
Eu – Desde quando vc desenha?
Camila : Então, eu desenho des dos meus 4 anos. Mas somente aos 6, comecei a fazer os meus primeiros desenhos de dinossauros e répteis. Eu desenho dinossauros científicos (aqueles com detalhes, chamados de paleoarte) desde meus 14 anos. Mas os cartoons, como os do estilo da Escola da Insanidade, faço desde pequena (6 anos aprox.).
Eu -Pq vc humanizou seus dinossauros?
Camila: Essa é uma pergunta que não acho fácil de responder, mas é uma porção de coisas. Eu adoro dentes afiados, garras assassinas, espinhos e claro, escamas. Sempre preferi animais escamosos do que os peludos. Tá aí uma das grandes razões deu preferir répteis (lagartos e cobras) a cachorros e gatos. Os dinossauros me fascinam também pelo fato de terem sido as criaturas mais incríveis da Terra, eram bizarras e assustadoras. Como nunca vimos nenhum vivo, podemos imaginá-los da maneira que quisérmos, com as cores que bem entendermos e claro, se tinham penas ou não, já que há controvérsias a respeito disso.
Além do que apenas 1% das espécies pré-históricas foram encontradas. E se esse 1% já é sinistro, o que imaginar dos próximos que “virão”?
O tamanho colossal deles também é algo incrível de se imaginar, como o Seismosaurus, dinossauro herbívoro de 60 metros de comprimento. 
Eu -Os seus desenhos são bem masculinos, vão na contramão do esperado de uma menina. Cores escuras, e os temas que tb fogem do universo feminino… ao mesmo tempo vc é bem delicada em seu modo de tratar as pessoas.. Ou seja, o que quero dizer é que quando vc desenha, se parecem duas Camilas… uma doce bonequinha que se transforma numa Camila totalmente diferente… com traços escuro, temas violentos, humor negro …  igual ao seus personagens, que se transformam quando entram na escola. Tipo… a Camila por fora e a Camila por dentro… o seu desenho pode ser considerado o seu lado que as pessoas não conhecem?
Camila : Mais ou menos isso mesmo. Eu meio que fiz da série um coquetel dos meus medos. Eu morro de medo de máquinas, sofro de mecanofobia, não consigo nem entrar em fábricas direito. Além do mais, eu tive muitos problemas na escola no passado, como o bullyng. E na minha cabeça a escola É o pior lugar do mundo e deixo isso BEM CLARO na “série”, na qual os alunos parecem escravos zumbis.

EU- A escola foi tão ruim assim? Em que momento da vida escolar vc começou a criar a E.I? Vc começou a criar a série sem intenção, ou já começou pensando em uma história completa? Como foi a criação dos personagens? Cada personagem é bem detalhado, cada um com sua peculiaridade.. como vc cria essa personalidade deles? Vc se inspira em outros personagens?

Camila: Sim, me dá pesadelos até hoje. Na verdade, foi depois que saí da escola que começei a criar a série. Fiz sem intenção mesmo. A criação dos personagens é a parte mais legal, principalmente pq são neles que eu coloco todas as minhas características.
Eu me inspiro em uma porção de coisas e pessoas. Tem uns como o Fercus, que me inspiro em meu irmão, outros, como o Dusky; em coisas que tenho medo, como implantes.  Vodk e Reby ( personagens que amo muito) foram inspirados nos garotos de Columbine.

Eu-Todo mundo que assiste um desenho, imagina que foi algo bem simples e rápido, o que não é verdade… quanto tempo demora em média, para fazer um capítulo da série?

Camila : Como eu faço tudo sozinha ( animação) eu demoro aproximadamente 8 meses para fazer uma promo de 2 minutos. Afinal, tenho que desenhar cada movimento, escanear cada folha e pintar cada frame também. E depois tem a parte da sonoplastia que é bem complicada também.

Eu – Mesmo desenhando desde pequena, sua primeira faculdade não foi a que vc faz agora… pq? Vc não pensava nos desenhos como um trabalho?

Camila : O duro é que não, antes eu fiz Biologia. Mas o curso era fraco e tinham muitas matérias usando exatas, justo as que eu não entendo. Aí eu desisti e fui para Animação , não me arrependi!

Camila e Fercus
    



















Criador e Criatura… Camila e Fercus !
Esse vídeo é um pouquinho do que vem por aí…"

Leia Mais ►

15 maio 2013

O que ensinar a seus filhos sobre crianças com deficiência



Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral
"Caro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do site Inclusive – Inclusão e Cidadania. O texto foi traduzido por Andréa Werner, do blog “Lagarta Vira Pupa”.
O título original traduzido é “O que ensinar a seus filhos sobre crianças especiais”.
Por Ellen Seidman, do blog “Love That Max“"

"Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais*  além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.
E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.
Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!"

Pra começar, não tenha pena de mim

“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”


Shannon Wells, do blog “Cerebral Palsy Baby”; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral

Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos

“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa  família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”

Michelle, do blog “Big Blueberry Eyes”; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down

Use o que eles tem em comum

“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”( Michelle,  mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down )

                                       Jana Banin, do blog “I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won’t Say Out Loud)”; mãe de Benjamin, que é autista

Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar

“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo”(Jana Banin, mãe de Benjamin, que é autista).

Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe de R.J que é autista

Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças

“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata” ( Holly Robinson Peete ),  mãe do RJ, que é autista).

Katy Monot, do blog “Bird On The Street”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral.

Encoraje seu filho a dizer “oi”

“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas” (Katy Monot, mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral).

Lisa Quinones-Fontanez, do blog “Autism Wonderland”; mãe do Norrin, que é autista
Encoraje as crianças a continuar falando

“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”

Kimberly Easterling, do blog “Driving With No Hands”; mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down

Dê explicações simples

“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave” (Kimberly Easterling, mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down).

Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomina 9

Ensine respeito às crianças com seus próprios atos

“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!” (Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomina 9).


Jennifer Byde Myers, dos blogs “Into The Woods” e “The Thinking Person’s Guide To Autism”; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral
Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem

“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”(Jennifer Byde Myers, mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral).

Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral
Inicie uma conversa

“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andador, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”(Sarah Myers, mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral).

Dana Nieder, do blog “Uncommon Sense”; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada
Não se preocupe com o constrangimento

“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”(Dana Nieder,mãe de Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada).
Texto original em inglês: http://blogs.babble.com/babble-voices/ellen-seidman-1000-perplexing-things-about-parenthood/2012/02/29/what-to-teach-your-children-about-kids-with-special-needs/

*criança com deficiência

Leia Mais ►