31 outubro 2012

Todos com Todos


Todos com Todos, é uma sociedade inclusiva, que busca diversidade, igualdade e justiça equânimes.
Nessa sociedade, todos os seus construtores sociais, culturais, educacionais, ambientais estão voltados e focados para o Desenho Universal.
“Desenho Universal, ou Desenho Total ou Desenho Inclusivo,  é um enfoque no desenho de produtos (leia-se filosofia de desenho), serviços e ambientes a fim de que sejam usáveis pelo maior número de pessoas possível independente de idade, habilidade ou situação. Está diretamente relacionado ao conceito de sociedade inclusiva e sua importância tem sido reconhecida  em todo o mundo pelos governos, empresários e indústria.
No Desenho Universal, o inventor, o projetista estuda uma série de questões que geralmente não são abordadas em um projeto comum, porque neste trabalho ele precisa considerar todas as possibilidades de uso, por usuários muito diferentes. Isso inclui questões sociais, históricas, antropológicas, econômicas, políticas, tecnológicas, e principalmente de ergonomia e usabilidade.
 Design Universal é um termo relativamente novo que surgiu do "desenho  acessível" - livre de barreiras para dar acessibilidade a pessoas com deficiência.  Mas o desenho Universal é muito maior que a acessibilidade. “ (Wickipédia)
“Onde a acessibilidade é passiva – deixando a porta aberta sem obstáculos no caminho – a inclusão te convida de forma ativa a participar da rede humana, indo além da porta livre de barreiras. Acessibilidade olha para coisas e lugares. Inclusão olha vidas humanas”. (Scott Rains)
Scott Rains






“A inclusão social das pessoas com deficiência é uma ação que, hoje, já podemos afirmar que acontece na nossa sociedade. Não é ainda completa, mas já tomou forma e a consciência das pessoas e de alguns governantes. Com a inclusão arraigada na base da formação e informação, podemos dar um passo à frente e não falar mais nesse conceito isolado, que cria mecanismos e ferramentas para trazer ao seio social um grupo de pessoas que estão à margem desse processo. Estamos levantando agora uma outra questão, mais abrangente e, sem dúvida, principal: defender um mundo de acessos universais, sem segregações, um mundo para todos.
Se caminharmos pela rua, poderemos notar que nenhum ser humano é igual ao outro e que o normal é, exatamente, ser diferente.
O Desenho Universal, este conceito que tem como objetivo definir projetos de produtos e ambientes que contemplem toda a diversidade humana: desde as crianças, adultos altos e baixos,anões, idosos, gestantes, obesos, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
O Desenho Universal é o caminho para uma sociedade mais humana e cidadã."









Parque para Todos - Exemplo de Equipamento dentro dos Princípios do Desenho Universal - Todos com Todos!
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15 outubro 2012

A REVOLUÇÃO DAS EMOÇÕES

Autoria: Neil Hamilton Negrelli Jr






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“Não gostar de emoções negativas é tão útil quanto não gostar de inverno.
O inverno virá você querendo ou não, assim como as emoções. Melhor do que gostar ou não gostar é saber lidar com elas”.

 
"Percebemos que nos dias atuais as qualidades emocionais estão sendo cada vez mais exigidas. Mais exigido que o QI, agora o QE (coeficiente emocional) que esta sendo o pré-requisito cada vez mais solicitado em diversas empresas. Os maiores especialistas do mundo em análise comportamental alertam que o mais importante nos nossos dias não é o quanto se sabe, mas sim como se relacionar melhor consigo mesmo e conseqüentemente com as pessoas que conosco convivem. Para melhorarmos o nosso QE é necessário expandirmos nossa inteligência emocional.
É comum a pessoa buscar somente um desenvolvimento técnico. O que diferencia os homens dos animais é o raciocínio, portanto vivemos procurando desenvolvê-lo, mas a formação racional e técnica não mais determinam o sucesso.

Passamos por uma grande fase de desenvolvimento industrial, tecnológico, mais recentemente assistimos a grande evolução da informática. Mas ultimamente o desenvolvimento técnico tem sido cada vez mais similar entre as pessoas, o que torna o mercado de trabalho mais competitivo. Qualquer criança já sabe usar um micro. A maior parte das pessoas tem a consciência de que estudo é imprescindível e essa maioria de pessoas se esforça e consegue, mesmo que com muito esforço terminar uma faculdade. O mercado de trabalho encontra-se cada vez mais concorrido e a qualidade dos candidatos cada vez mais similar. Por tal motivo, a comunidade científica mantém seus olhos cada vez mais fixos no estudo das emoções. Não somente os cientistas, mas as pessoas que contratam também. O maior diferencial que um candidato pode apresentar não é mais um curso no exterior, ou um aperfeiçoamento em sua área profissional. Esse tipo de diferencial podemos encontrar de baciada hoje em dia. O maior diferencial a ser apresentado hoje são qualidades emocionais. Psicólogos de empresas de RH afirmam ser esse o critério mais utilizado no momento da seleção. Dizem que o que tem interessado mais, ultimamente, é a maneira como a pessoa lida com as demais pessoas do que um currículo exemplar. O que alegam é que pessoas com milhares de cursos é muito fácil encontrar. Quando elegem um candidato que apresenta algum problema técnico na função que ira executar, apenas pouco tempo de treino pode sanar o problema. Já problemas de fundo emocional, como autoritarismo, descontrole, são muito mais difíceis de se trabalhar em um funcionário. Isso em todas as áreas. Não adianta formar um jogador de futebol tecnicamente perfeito, para depois ele chutar a câmera que o mostra para o mundo. Antigamente para uma vaga de emprego eram avaliados somente currículos. Hoje são realizadas dinâmicas em grupo para avaliar os candidatos em amplos aspectos. Não basta mais somente avaliar o lado técnico.

Podemos perceber então que mais do que nunca é necessário possuir o controle das emoções para que em determinado momento ela não venha nos atrapalhar. Ou você entende suas emoções ou você se torna vítima delas. Algumas pessoas acreditam que possuir o domínio das emoções é deixar de sentir aquelas que parecem ser prejudiciais, deixar de sentir emoções como raiva, medo, qualquer emoção que traga sentimentos desagradáveis e possíveis descontroles. Ter o domínio das emoções é bem diferente disso. É algo muito maior do que gostar ou não gostar, ou até mesmo maior que buscar meios para impedir a existência de tais emoções. O melhor caminho para obter o controle de suas emoções é compreendê-las de maneira mais completa, como um mecanismo fisiológico. Cada emoção possui uma função fisiológica positiva, se conseguirmos compreender que mesmo as emoções que são aparentemente negativas, possuem uma função fisiológica positiva é possível tirarmos um resultado positivo de todas as emoções.

Com a correria dos tempos modernos, nosso tempo se torna cada vez mais escasso e nossa atenção cada vez mais voltada para o meio externo. Temos que nos preocupar realmente com muitas coisas. Com o trabalho, com a faculdade, com os filhos, com as compras de casa, com o almoço, jantar. São muitos itens que prendem nossa atenção ultimamente. Com a atenção dirigida para fora, sobram menos conduções para dirigir nossa atenção às emoções. Não darmos a devida atenção à elas não significa que elas não estão acontecendo, muito pior, elas vão ficando embutidas dentro de nós mas em determinado momento ela vai aflorar, e isso pode ocorrer de maneira mais intensa do que o necessário. Daí vem o surgimento de algumas formas modernas e realmente mais intensas de ansiedade. Cada uma de nossas emoções merece a atenção necessária. Acontece com inúmeras pessoas ir empurrando-as com a barriga. Não dar atenção às suas emoções ou tentar levar com a barriga como se nada tivesse acontecendo é como segurar um vazamento de água em um cano com as mãos. Vai ter uma hora que vai estourar. É necessário seguirmos por outro caminho. Essa energia gerada pelas emoções pode ser utilizada em nosso favor. Se aprendermos dirigir a energia gerada por essas emoções na conquista de objetivos ou na busca de uma vida mais saudável, teremos bons resultados e ainda teremos saído sábios no uso adequado de nossas emoções. Não existe emoção positiva e emoção negativa, todas as emoções possuem uma função biológica. Você vai vivenciar as emoções por toda a sua vida de uma forma ou de outra.

São quatro emoções básicas que regem a nossa vida: raiva, tristeza, medo e alegria. Estas emoções são responsáveis por todas as demais emoções que sentimos. Como falamos cada uma com uma função fisiológica positiva. Para obter o controle de nossas emoções é necessário compreender cada uma delas. Assim poderemos abrir nossa mente na busca de novos caminhos onde poderemos expressar todo nosso potencial.

A RAIVA

A raiva é uma emoção intensa e possui uma característica destrutiva. Pode aparecer em diversos graus de intensidade, desde uma leve irritação até explosões que pode causar danos maiores. Em momentos de raiva, as pessoas falam sem pensar e normalmente direcionam essa raiva para cima de uma outra pessoa. De modo geral essa emoção é muito mal utilizada. Geralmente é direcionada para a pessoa amada ou para aquelas que estão mais próximas, família e amigos. Dizemos palavras de raiva para as pessoas mais próximas, pessoas que mais amamos, que não diríamos para um estranho na rua. Certa vez foi colocada uma câmera escondida na casa de um traficante. A polícia analisava a vida desse traficante para que pudesse dar um flagrante. Um dia ele estava brigando com a esposa e seu filho, uma criança, estava brincando com um carrinho. Nervoso, quando o filho passou perto dele, ele gritou: “Sai daqui moleque!”. A criança tem o costume de testar então ela continua e dessa vez ele gritou: “Sai daqui seu burro e idiota!”. A criança já começa a acreditar no que ele diz. Numa terceira vez ele chuta a criança de forma tão agressiva, que ela cai na parede e perde o ar. Nesse momento a polícia entrou e o prendeu. Esse traficante jogou a raiva que estava sentindo em cima de uma criança que nada tinha a ver com a situação. Bater em uma criança nada mais é que descontar sua raiva. Você bate quando não tem mais o que fazer. Fala, pede, briga, da bronca, nada adianta então você se irrita e para descontar sua raiva bate. Bater em criança é falta de recurso do pai. É possível utilizar outros recursos para convencer uma criança sem bater. Usar a raiva dessa maneira gera cicatrizes nas pessoas. Às vezes nem cura e já vem outra marca. É necessário tomar cuidado com as marcas causada em outras pessoas. Acontece também, em outros casos, da pessoa ser treinada para não sentir raiva, o que é impossível. Vimos que a raiva é caracterizada como destrutiva, imagina como será guardar algo destrutivo dentro de você por algum tempo. Com certeza essa ação não trará bons resultados. Se não for bem canalizada, a raiva pode levar a doenças como úlcera gástrica, hipertensão, disfunções cardíacas entre outras. Mal dirigida, a raiva pode ainda se tornar intensa a ponto de fazer com que uma pessoa perca o limite de uma conduta razoável e tenha comportamentos dos quais possa vir a se arrepender.

A raiva surge quando algo contraria as intenções das pessoas. Ela deve ser usada para corrigir esse desvio. A forma adequada de se utilizar a raiva, é canalizá-la para a conquista de seus objetivos. Para isso é necessário usar a raiva contra o problema que a causou. Usando-a assim você poderá ter ganhado imensos.

Vamos supor que você esteja próximo ao final do ano e tenha uma prova de uma matéria que odeia. Você necessita tirar uma nota alta, mas não suporta nem a idéia de ter que estudar aquilo. Essa prova surge contra as suas intenções conseqüentemente surge a raiva. Um amigo mesmo sabendo que você necessita tirar uma boa nota te chama para tomar uma cervejinha. Jogar a raiva pra cima desse amigo não trará resultados, pode sim acabar com uma amizade. Você deve utilizar a raiva para corrigir o que a causou. Se tirar uma boa nota pode se ver livre da matéria. Você fica com muita raiva por não poder sair com os amigos e tomado por essa raiva você pode conseguir forças para estudar e alcançar o êxito na matéria. Assim a raiva será bem canalizada. Ela esta sendo canalizada para a conquista de um objetivo: passar de ano. Você a joga em cima do problema que a causou.

A TRISTEZA

A tristeza é uma emoção que te faz refletir. Ela é um mecanismo de alerta para mostrar quando algo não vai bem na nossa vida e tem a intenção de nos fazer solucioná-los. Embora não seja agradável sentir-se triste é importante darmos atenção a essa emoção, a esse mecanismo de alerta. A tristeza é um verdadeiro alarme.

Pense na tristeza como uma lâmpada vermelha que se ascende quando algo não conveniente acontece, quando algo não esta legal. Se você perdeu seu emprego, por exemplo, você sente-se triste, a lâmpada ascendeu, o alarme esta ligado. O que indica que você deve encontrar uma solução para o problema. Qualquer outro tipo de problema: financeiro, pessoal, relacionamento, fatores que levam à tristeza. Você sente-se triste, a lâmpada ascendeu. Ela esta te induzindo a buscar uma solução. Ninguém gosta de sentir-se triste, sendo assim a pessoa procura achar uma solução para dar fim a esse sentimento desagradável. Quando a solução para o problema é encontrada, a lâmpada então se apaga. Algumas soluções são mais fáceis, outras requerem um poço mais de cuidado e atenção. O grande problema dessa emoção é que algumas pessoas não dão atenção ao alarme. Elas não buscam uma solução e seguem a vida na esperança de que a um dia ela se apague. A pessoa segue a vida sem buscar uma solução ao que causou a tristeza. Então a lâmpada começa a brilhar ainda mais forte, mostrando que realmente algo não esta correto. Neste caso a tristeza tende a aumentar. Continuar nesse caminho pode levar a algo bem pior, a uma tristeza muito mais forte, o que pode ocasionar uma forte depressão. Portanto é necessário buscar uma solução pro problema. Sempre há uma maneira de se resolver um problema. Importante lembra-se que a tristeza é um alarme. Ela não resolve o problema e sim o ajuda a identificá-lo."

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http://www.sbneurociencia.com.br/drneil/artigo7.htm

(*) Médico formado pela USP. Especializado em Cirurgia Crânio-Cérvico-Facial,
também pela USP. Membro da Sociedade Pan-Americana de Trauma.
Empresário há 22 anos com foco em Formação de Equipes e Liderança.
Master Practitioner e Trainer em PNL
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11 outubro 2012

Em comemoração ao dia das crianças: visibilidade às deficiências como instrumento de inclusão

Mais uma vez, queremos em nosso blog dar visibilidade aos pais e seus sentimentos a respeito das deficiências de seus filhos. Esperamos que a leitura desses textos, autores, façam com que todos possamos  também identificar suas dores e anseios. E dessa forma estaremos todos mais disponíveis para lutarmos por direitos, cidadania, inclusão e desenho universal. Ou seja, todos temos direitos à ir e vir, de estar nas ruas convivendo e participando dos ritos sociais, culturais, folclóricos, religiosos, educacionais e sobretudo conviver em parques públicos, praças, esplanadas, calçadas, lojas, restaurantes, cinemas, teatros, bares, escolas e casa dos amigos.

Para tanto, temos muito a conquistar.

E que cada vez mais crianças com deficiências possam estar nas ruas, e que seus pais e familiares não sintam a dor da indiferença, da segregação, do desprezo, do preconceito, da rejeição, ou até do medo que outras pessoas sentem por desconhecimento do assunto.

Neste próximo dia 12 de Outubro, dia da criança, que as crianças com deficiências possam estar em todos os lugares que devem estar: integradas à nossa sociedade, sendo como todas crianças, simplesmente crianças.

Segue abaixo a matéria do Portal a TARDE



AUTORES RECORREM A ESCRITA COMO FORMA DE LIDAR COM A DOR
Mariana Paiva

"Era uma noite paulistana. Todas as moças já haviam se recolhido para dentro depois do passeio da tarde, mas quem passasse pela calçada da rua Riachuelo podia ver a luz fraca de vela na janela de uma das casas. Insone por conta da tuberculose que o atingira nos pulmões, o poeta Álvares de Azevedo escrevia sobre amor e morte em versos que atravessariam os séculos. Os papéis à sua frente eram, antes de tudo, um meio de lidar com a doença que levaria prematuramente sua vida, aos 21 anos.

Quase dois séculos se passaram para que as livrarias de todo o país exibissem em suas vitrines o novo livro de Diogo Mainardi, A Queda: as Memórias de um Pai em 424 Passos (Record, 150 p., R$ 24,90). Na obra, o autor busca na expressão literária um modo de lidar com a paralisia cerebral do filho mais velho, Tito.

Novamente a literatura se coloca a serviço das catarses do escritor, agora pelo prisma do pai, que escreve amparado em toda sorte de referências: do escultor renascentista Pietro Lombardo ao poeta Ezra Pound, do arquiteto Le Corbusier ao escritor Albert Camus. Todos unidos e interligados para introduzir o autor no universo de quedas, passos em falso e conquistas diárias do filho Tito.

No dia do nascimento do menino, diante do prédio da Scuola Grande di San Marco, que abrigava o hospital público no qual Tito nasceria, sua mãe, Anna, disse que estava com medo do parto. Diogo prontamente respondeu: "Com esta fachada, aceito até um filho deforme". Horas depois, Tito nascia, e um erro de procedimento da médica determinou-lhe a paralisia cerebral. A partir daí, Diogo começa a fazer as associações em 424 pequenos capítulos, interligando fatos da vida de Tito com acontecimentos históricos e culturais que poderiam ter dado um rumo diferente à história do menino, iniciada há 12 anos.

Doutor em Literatura e Crítica Literária, o professor da Universidade Federal da Bahia Djalma Thürler considera este tipo de literatura de mão dupla: tanto funciona para o autor lidar com suas questões quanto para o leitor, que aprende com a experiência posta na obra. "Acho que os livros sempre nos dão respostas. Não tem a ver com autoajuda, mas com visitação a outros mundos, a outras subjetividades. São experiências alheias que te ajudam a compreender as suas próprias, a literatura tende a isto", afirma.

Em relação à perspectiva do autor que põe sua vivência de doença ou de superação na obra, Djalma considera: "Essas experiências são epifânicas, fazem com que esses autores mudem, promovem rasuras na linha artística. Foi assim com José Celso Martinez Correa, que mudou sua forma de fazer teatro depois da morte do irmão".

Exemplos
Outra obra que se encaixa neste perfil é A Mulher Trêmula (Companhia das Letras, 208 p., R$ 42), de Siri Hustvedt. No livro, a escritora americana busca explicações para os tremores que passam a acometer seu corpo. Para isto, ela evoca explicações no campo da neurologia, psiquiatria e psicanálise, e apresenta referências que vão de Dostoiévski a Oliver Sacks.

Em O Filho Eterno (Record, 224 páginas, R$ 34), o escritor catarinense Cristóvão Tezza se põe na obra ao falar da convivência com seu filho Felipe, portador da Síndrome de Down. Bastante polêmico por apresentar sentimentos como a vergonha que o autor por vezes sente do filho, o romance autobiográfico abre as portas do cotidiano vivido por Cristóvão e Felipe."

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02 outubro 2012

Como pode uma criança ganhar a sua própria bicicleta?



Melinda veio para a revisão do Transfer. Como sempre muito alegre esperava verificar o que deveria ser regulado para o seu crescimento físico e para melhorar o desempenho dos seus Membros Inferiores, o controle dos Membros Superiores e o alinhamento axial de seu Tronco.


Só que depois da revisão. Recebeu seu presente: uma bicicleta adaptada. Vejam o que se segue:


"Eu não acredito..... Meu coração está disparado. Sente aqui!"

"Eu ganhei minha própria bicicleta!"



"Como pode uma criança ganhar a própria bicicleta?"




"Papai, mamãe vocês fizeram a surpresa!"



"Quero ser contratada para o próximo catálogo!"




Frases de Melinda, no dia em que ganhou sua bicicleta adaptada.

Ela ganhou, porque tem sido modelito da Expansão.



Foi o presente que ela mais esperava. Foi muito pouco para traduzir o que as imagens de Melinda tem nos oferecido: alegria, alteridade, diversidade, inclusão, cidadania, lazer, felicidade. Nesse dia ela dormiu com a bicicleta do lado da cama.

Tem melhor presente para todos nós? Essa é a riqueza da vida, do nosso trabalho.

Nossa equipe agradece aos familiares da Melinda, seu pai José Carlos e sua mãe Roseli, pela permissão do uso das imagens e das frases.
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