24 setembro 2012

Alzeheimer afeta duas vezes mais mulheres do que homens




A doença de Alzheimer é um dos principais problemas de saúde pública do século XXI. Estima-se que cerca de 35 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 1,2 milhões no Brasil, já vivem com a doença. Como ainda não há cura, o número que pode chegar a 115 milhões até 2050, porém já há estudos indicando que mais da metade dos casos de Alzheimer podem ser prevenidos.
É por isso que a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 21 de setembro como o Dia Mundial do Alzheimer. A data tem como objetivo promover a conscientização da população sobre a doença e o Cérebro Melhor tem participado todo ano ativamente dessa iniciativa, divulgando informações atualizadas sobre a doença e incentivando hábitos saudáveis.

Uma característica interessante identificada em diversos estudos é que o Alzheimer afeta duas vezes mais mulheres do que homens, o que tem intrigado os cientistas. Como a doença está relacionada com a idade, parte da explicação está no fato de que as mulheres tendem a viver mais. Porém os mecanismos biológicos por trás dessa diferença tão grande ainda não foram completamente compreendidos.

Os cientistas já documentaram diversas diferenças no cérebro relacionadas ao sexo, tais como na anatomia, na redução de volume associado à idade e no metabolismo de glicose, as quais podem ser importantes para fornecer pistas. Outra característica que está sendo analisada é o fato de que 70% dos cuidadores de pessoas com Alzheimer ou demência são mulheres, e estudos indicam que 65% dos cuidadores sofrem de depressão. A depressão já foi identificada como um dos fatores de risco da doença de Alzheimer.

Outra possível explicação está na produção de hormônios. O estrógeno, hormônio produzido pelas mulheres, é conhecido por ser protetor do cérebro e a perda desse hormônio devido à menopausa pode ser responsável por deixar o cérebro mais suscetível ao desenvolvimento do Alzheimer.

Enquanto uns cientistas buscam explicações para essa maior incidência da doença nas mulheres, muitos outros tentam encontrar formas de diagnosticar com antecedência o Alzheimer. Atualmente, a forma mais utilizada para se fazer o diagnóstico é através de uma combinação de histórico familiar, testes mentais e exames físicos.

Uma pesquisa recente identificou que quedas e problemas de equilíbrio podem ser indicadores precoces da doença de Alzheimer. Os cientistas descobriram que pessoas com alterações no cérebro similares às dos estágios iniciais de Alzheimer possuem uma maior tendência a sofrerem quedas, sintoma que até então estava associado apenas com estágios finais da doença.

Outra descoberta promissora é a de que no futuro próximo a doença poderá ser detectada com bastante antecedência através de um simples exame de sangue. Um estudo piloto sugere que a análise via infravermelho de células sanguíneas pode detectar a doença nos seus primeiros estágios, leve e moderado. Já um outro grupo de cientistas descobriu uma forma de detectar a doença analisando a concentração de um hormônio cerebral durante o processo de oxidação do sangue.

O grande problema com o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é que não há um tratamento eficaz para se combatê-la. Até o momento, a melhor arma para reduzir o avanço da doença é a mesma que pode ser usada para prevenir ou retardar o seu surgimento: a formação de reserva cerebral. Esse é apenas mais um motivo para se praticar exercícios para o cérebro.

O cérebro, assim como outras partes do corpo, requer estímulo e exercício para continuar a funcionar. Pessoas idosas com uma vida ativa – mentalmente, fisicamente e socialmente – correm um risco menor de desenvolver demência ou Alzheimer. Então, comece desde já a mudar seu estilo de vida e estimule seus familiares e amigos a fazerem o mesmo.

In: http://www.cerebromelhor.com.br/novidades.asp?utm_source=Virtual+Target&utm_medium=email&utm_content=&utm_campaign=Newsletter_2012_19_cad&utm_term=

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