Os caminhos que percorremos como terapeutas ocupacionais, nos levam a vislumbrar oportunidades de crescimento continuado. Transcrevo abaixo texto que escrevi em 2009, quando estava em Portugal.
Gisleine Martin Philot
Actualmente trabalho em um espaço terapêutico onde se utiliza o método Brain Gym, desenvolvido por Dr. Paul Dennison e Gail E. Dennison, para tratar de crianças com distúrbios de aprendizagem, autismo, hiperactividade, deficit de aprendizagens, deficit sensoriais, lesões neuromotoras, etc.
Gisleine Martin Philot
Actualmente trabalho em um espaço terapêutico onde se utiliza o método Brain Gym, desenvolvido por Dr. Paul Dennison e Gail E. Dennison, para tratar de crianças com distúrbios de aprendizagem, autismo, hiperactividade, deficit de aprendizagens, deficit sensoriais, lesões neuromotoras, etc.
A título de fortalecer os conhecimentos e estabelecer conexões científicas, resolvi reler o livro “Smart Moves, Why Learning is not All in Your Head” de Carla Hannaford, Ph.D. Great Ocean Publishers, Arlington, Virginia, 1995, e surpreendi-me por observar, que boa parte das recomendações da autora, ainda estão patentes e são necessárias de serem mais uma vez divulgadas. Vou transcrever, alguns trechos que traduzi, e que destaco, por sua importância nos dias de hoje, em que as crianças, jovens, adultos e idosos passam boa parte do seu tempo, frente a TV, ou em computadores, ou realizando actividades de leitura e escrita em perspectiva bidimensional e fisicamente com baixa quantidade de mobilidade, ou seja em sedentarismo.
“ Mais movimento, mais aprendizagem” (capítulo 6, paginas. 101-102)
É essencial para o processo de aprendizagem que permitamos às crianças explorarem cada aspecto do movimento e de equilíbrio no seu ambiente, como andar sobre cubos, subir numa árvore, ou pular sob obstáculos, ou mesmo pular sobre alguns móveis, escadas, plataformas, rampas, declives, etc.
Uma mãe indígena contou-me que quando ela era uma criança, ela e outras crianças, podiam explorar a tenda central desde de manhã até o fim do pôr-do-sol. Nem ela, ou qualquer criança, nuca tinham se machucado seriamente nessa aventura, e ela sentia que isso foi essencial para seu total processo de aprendizagem. Todavia, com a actual percepção de o mundo é um espaço perigoso para crianças, ela jamais permitiu seus filhos ir para a tenda. Sem a tenda central para explorar, seus filhos fizeram da Televisão seu passatempo predilecto. Ela admite que seus filhos têm movimentos alterados de equilíbrio e mobilidade de cabeça. Ela pensa que isso pode também estar relacionado com as dificuldades de aprendizagem que eles possuem, especialmente ler e escrever, que agora eles estão experienciando na escola.
Em um estudo com mais de 500 crianças Canadianas, os estudantes que despendiam uma hora extra cada dia em classe de ginástica, apresentavam notavelmente melhores resultados nos exames, do que as crianças menos activas. Similarmente, homens e mulheres aos 50 e 60 anos, que são estimulados para realizarem um programa de aeróbica, com um regular caminhada ao ar livre, por quatro meses, aumentaram sua performance em testes mentais na ordem de 10%.
Observando-se mais atentamente, 13 diferentes estudos em relacionados com exercício/ e link de poder cerebral, o exercício físico foi considerado como o factor de crescimento e desenvolvimento do cérebro e como preventivo da deterioração de cérebros mais velhos.
Segundo Hannaford, muitos estudos na década de 90, foram responsáveis por explicar como os movimentos directamente beneficiam o Sistema Nervo Central. Actividades musculares, particularmente movimentos coordenados, são responsáveis por estimular a produção de neurotransmissores, substâncias essas que estimulam o crescimento de células nervosas, e também aumentam o número de conexões no cérebro. Estudos com animais também confirmavam esse link.
Num estudo na Universidade da Califórnia, a neurocientista Carl Cotman verificou que os ratos que corriam em rodas tinham mais neurotróficos que os ratos sedentários. Em outro experimento feito pelo neurocientista Willian Grenogh na Universidade de Illinois, os ratos que tornavam-se proficientes em precisão e movimentos coordenados necessários para agilmente correrem através de pontes de metal e cordas, tinham um número muito maior de conexões entre os neurónios do cérebro do que os ratos sedentários, ou aqueles que meramente corriam em automáticas rodas. “
Vamos agora assistir a um vídeo com Paul Dennisom, que demostra algumas técnicas do uso dos dois hemisférios, uma prática comum ao Bain Gym. Se você quiser, tente fazer junto.
IN: http://gimarte.blogspot.com.br/ Acessado dia 04.04.2012
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